30 de nov. de 2011

Le

Ce le chapelier
Como diria aquele cara que fingia ser francês
tentou se matar 3 vezes
e falhou 4
Hoje anda cabisbaixo pela cidade
Não tem vontade de beber
Não tem vontade de foder

Mas ele ainda pensa na mexicana maneta
Que ficou com seu cachorro
Talvez o cachorro já tenha morrido
Afinal, já se passou tanto tempo

20 de nov. de 2011

Daylight come and me wan'go home.

Todos precisam de um sol no começo do dia. Todos precisam de uma lua em seu fim.
Todos precisam descobrir o seu próprio poder.
Todos precisam descobrir que assim se é castrado, desarmado.
Todos precisam de uma oportunidade para quebrar. Quebrar.
E quando a jaula se fechar a nossa volta
E sabermos que precisamos quebra-la para termos um sol e uma lua.
Usaremos das nossas armas. E quebraremos. Destruiremos.
Para o nosso sol poder brilhar, e nossa lua continuar nos acolhendo em noites escuras.

15 de nov. de 2011

Poesia pode não ter rimas? Poesia pode ser mal feita? Pode?

Nas novas linhas noturnas
Onde buscamos a solidão
Que vem acompanhada sumariamente
De uma companhia exuberantemente opressora

A imaginação vaga
Por todos os confins mais lindos
Mas a casa em que entramos
Nos tranca e aprisiona em seu submundo

Informam-nos a toda hora
Seus inúmeros acontecimentos mundanos
E enquanto passa o tempo
Não vemos a grande grade de ferro a nossa frente

A música paulatina e sensível
Faz jus às nossas noites
Mas é apenas mais um forte guardião
Do conhecido cárcere

E quando finalmente abrirmos os olhos
Veremos que a prisão viciou-nos
Soltamos o grito dentro dela
E esperamos que ela mesmo espalhe

Pois a nossa força já se esvaiu e nossa escolha já foi feita

4 de nov. de 2011

Acender. Apagar. Acender. Apagar. Ascender. Cair.
Levantar.



Até quando levantar? Até quando acender?
Não, essa não é a pergunta, a pergunta é:

Quando cairemos sem precisar levantar?
No mesmo momento em que acenderemos sem depois apagar.
Nunca, na vida.