Nas novas linhas noturnas
Onde buscamos a solidão
Que vem acompanhada sumariamente
De uma companhia exuberantemente opressora
A imaginação vaga
Por todos os confins mais lindos
Mas a casa em que entramos
Nos tranca e aprisiona em seu submundo
Informam-nos a toda hora
Seus inúmeros acontecimentos mundanos
E enquanto passa o tempo
Não vemos a grande grade de ferro a nossa frente
A música paulatina e sensível
Faz jus às nossas noites
Mas é apenas mais um forte guardião
Do conhecido cárcere
E quando finalmente abrirmos os olhos
Veremos que a prisão viciou-nos
Soltamos o grito dentro dela
E esperamos que ela mesmo espalhe
Pois a nossa força já se esvaiu e nossa escolha já foi feita