15 de nov. de 2011

Poesia pode não ter rimas? Poesia pode ser mal feita? Pode?

Nas novas linhas noturnas
Onde buscamos a solidão
Que vem acompanhada sumariamente
De uma companhia exuberantemente opressora

A imaginação vaga
Por todos os confins mais lindos
Mas a casa em que entramos
Nos tranca e aprisiona em seu submundo

Informam-nos a toda hora
Seus inúmeros acontecimentos mundanos
E enquanto passa o tempo
Não vemos a grande grade de ferro a nossa frente

A música paulatina e sensível
Faz jus às nossas noites
Mas é apenas mais um forte guardião
Do conhecido cárcere

E quando finalmente abrirmos os olhos
Veremos que a prisão viciou-nos
Soltamos o grito dentro dela
E esperamos que ela mesmo espalhe

Pois a nossa força já se esvaiu e nossa escolha já foi feita

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