31 de dez. de 2013

símboloso

ó grande espelho
explique-me minha essência
no reflexo de meus bigodes
não encontrei grande conselho

apenas cantigas eternas
de mil gracejos sublimes
turbilhões vestem-se de correnteza
há muitos nos alimentamos apenas de mariscos
e grandes tsunamis

Tragam-lhe a faca velada
pelos grandes sábios do mundo
reverenciada. portentoso esplendor
rasgando senhoras feridas
enxurradas de sangue vermelho, altivo
vertendo silenciosa e indefinidamente
o mirrado curativo antigo
lenda, conto, fabula, verdade(?)
daquele que ainda lhe mente.

28 de dez. de 2013

Não reconheço mais as pedras do meu chão
Não morri, nasci novamente
Relâmpagos apagados de sabedoria cubista
minha cabeça me grita absurdos
a sua mente
diferente

Locomotivas se movendo sem fumaça
Corações batendo desritmados
livres relutantes borboleteiam
Só não lhe chamo
pra morar dentro do meu peito
pois comprei o medo
em pesadas prestações

gargalhantes emudecidos
pálidos tiroteios de eternidade
a luz, forte luz, cega-lhe os olhos
tateando na profunda escuridão
com o sol a confundir seus passos.