28 de ago. de 2013

acostumados

Sigo na minha inocência
fingida
descarada
hipócrita
vivendo ideais já mortos
deixando de viver
pelo simples medo
do sabor do medo.

o passo para o voo
nunca foi dado
virei homem sintético
agraciado pelo prazer
de mentira
pelo gosto
da mentira

Embolotando, apenas assisto
a realidade se emoldurando
a vida fazendo-se em quadros
a mais extasiante obra de arte
em grandes e gigantescos frames
pendurada em uma parede
intocável em seu destino.

Não
não!
não me permito desistir
simplesmente assim
mas a esperança
só não morre
por já estar velha demais.

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