4 de fev. de 2014

utopias de grande paz

enternecedor  livro azul solitário
amarelo empoeirado
conta verdades há muito acreditadas
suas letras grossas e negras
contam histórias que hoje são piadas

Os grandes sem barba do mundo
Sentados em sua poltrona
reclinável
Entendem o seu mundo
com símbolos profundos
e insignificantes caixas cinzas
conservam visão lacrada
o pescoço endurecido
seu espírito combatido
pela sua própria espada.

Queimaram tais livros azuis
vermelhos e sem capa
os que tinham as florestas
e os grandes animais,
feiticeiros, diableros espíritos e guerreiros,
até gnomos marginais.

O céu de estrelas se apagou
luz na luta dos macacos
na orelha, por fio foi isolado
na atenção, por tela encaixado
as pernas por motores amarradas
com câmeras, suas nucas vigiadas.

cartuchos não serão mais recarregados
sem utopias de grande paz
mas o crescimento é contra a força
e a revolução não custa a começar.

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