escondidos dos surdos ascetas
que choram sua liberdade, enjaulados
buscando sua derradeira meca
sorriso roxo de dentes tortos
favas contadas não movem moinhos
cães idolatram as cores erradas
o que não amarela, azula
Há certeza no que digo
fulgura brilho no que conto
farto de tantas mentiras
escuto apenas o sussurro
dos esvoaçantes pássaros
como andorinhas
que desistiram de voar pro sul,
minha garrafa de cachaça
há muito que é de plástico.
No gosto azedo de tua boca
no canto morno do abraço
lençóis brancos que acordam no chão
cortinas abertas toco meu sol
Janelas fechadas:
a felicidade
nunca vai sair daqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário