26 de abr. de 2024

Um navio a meio mastro
Corroído pela tempestade
Pelas ondas fortes
Sua vela esburacada
Amarrada a contragosto
Recebe o vento com seus risíveis buracos
Existe um leme, emperrado, enviesado
Segue um caminho indigesto
Em uma circulo infinito
longos rodopios ao redor de um Centro,
mar outrora fértil, Rico pujante, esperançoso
Mas sob calmarias infinitas,
Se findou em tempestade breve, aniquilante
O capitão (dos meus sonhos) está dormente
Extenuado pelo nada que habita em si
A tripulação, outrora cantante, calou-se
Só tem a Própria Água para beber
E bebe consternada e feliz
Pois na pujança de um mar cheio
Esquecia-se, Ilusionada pelas miragens 
Morria da sede de si.

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