12 de mar. de 2014

o vento no mangue

escusas e opulentas razões injustificadas
tem comovente certeza de suas certezas
No chão, no fogo, nas pedras calcinadas
há ilusões, verdadeiras miragens mostram-se ali
fugidas das suas sublimes pobrezas
o límpido paraíso sonham ser aqui.

Entrementes, mentem a si mesmo
escolhe o véu pra cobrir os olhos
incineram despiedosamente os espólios
e vivem a vida caminhando a esmo

E quando teus olhos refletem
no espelho prata pendurado na parede
vês apenas uma miragem
pontos distantes de um olhar de sede

Pois a lama já encobriu tuas razões
a estrutura afundou-se copiosa no lamaçal
a consciência vive a procurar ar
só há os sonhos
livres do barro, a planar.

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