28 de out. de 2011

De privadas a altares
Usamos nossas frases e textos como privadas ou como altares? Partindo do pressuposto que escrevemos pra nos livramos de sentimentos opressores (sejam eles sentimentos angustiantes por serem extremamente tristes ou felizes, ambos oprimem o ser) utilizamos as nossas faculdades mentais pra construirmos uma privada onde jogamos todos os dejetos de nossa alma (sentido figurado, alma só existe quando se precisa morrer) , sem qualquer seleção. Mas ao mesmo tempo, como em qualquer drama, elevamos os nossos sentimentos, aspirações ao mais alto altar tentando demonstrar o quão gloriosos são as nossas ideias que exalam por nossos dedos em sinapses nervosas e imprecisas. Unindo essa ideias, podemos notar que ao escrevemos demonstrando nunces de nossa alma estamos sentados numa privada em cima de um altar "expelindo matéria literária". Portanto vamos "expelir", expeliremos nossos sentimentos, mas expeliremos em finas privadas postas em cima de belos e reluzentes altares. E quando aplaudirem você na privada em cima do altar, não se envergonhará, mas inflará de glória.

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