9 de out. de 2011

Os sábios são os outros

Vivemos no mundo em que os sábios são os outros. Não há mais produção, criação, participação própria. Tudo o que sentimos, vivenciamos, respiramos não é mais expresso com nossas palavras. É tão mais comôdo usarmos palavras de outros para nos explicarmos. PALAVRAS DE OUTROS, NOS EXPLICARMOS. Chegamos, aleluia a uma falta de lógica que talvez dê corda ( ou não) à esse texto.
Aquele sentimento de saudade, frase do Caio Fernando Abreu, sentimento feminista? Tati Bernardi, sentimento de revolta, procura algo do Arnaldo Jabor, talvez eu me sinta a cloaca do mundo: Bukowski. Se você acredita que pode vencer na vida burguesa (dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro, de tanto repetir, vai que traz felicidade) uma frase do Eike Batista ou do Steve Jobs (só cito pq ele morreu) irá explicar teu gosto pelo sucesso. E uma frase de mim (afinal quem poderia me descrever melhor) sobre eu mesmo: Anh, procura em algum site de horóscopo.
Tá aí, deixem os outros te descreverem, deixem os outros te analisarem, deixem os outros PENSAREM
Boa sorte ao utilizar muletas fabricadas para serem usadas em outros coxos!

Não que eu tenha algo contra os escritores gabaritados (afinal só consigo escrever essas parcas linhas por lê-los) mas deixa eu tentar demonstrar a sensação que eu tive ao enojar-me com textos colados. É só de mim pra mim mesmo, ninguém lê esse blog.

Editado: Um dia escreverei um livro inteiro sobre o porquê (não deve ser assim que se escreve) do "ou não" SEMPRE prevalecer

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