Meu parapeito está sujo
De terra e cinza molhada
minha tosse surda canta
Em ressalvas destonantes
na janta comi miojo
de almoço duas alfaces
O sol, brilho reluzente
escondido pela chuva
seu sorriso sorridente
com cáries gigantescas
iluminando um povo descrente
em nossas explicações dantescas
E as árvores
Que sob essa luz brotam
São ocas, risonhas e livres
Nascem em mentes férteis
nos verdejantes cérebros humanos
Mas, não fazem fotossíntese
alimentam-se
de ilusões.
Um comentário:
Falta a essas pobres árvores um propósito, falta-lhes um Barbárvore.
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