31 de out. de 2013

kaminhos

vento torto em seu peito
deixaram suas tralhas jogadas no deserto
só sobrou uma garrafa de rum
e a roupa do seu corpo

Caminhos escuros de piche
retas amarelas você segue
carruagens mecânicas não passam por aqui
só há pastos e mais pastos
vacas e vazio.

e  você vai colhendo
amarelos pequenos gnomos que encontra
azuis roxos do céu de saturno
chapeleiros da vida
tecem e moldam instintivamente
fios e fios na impura cabeça.

sua solidão explicada
pelo mundo e pelo chão
pelo céu e pela poeira
das estrelas explodidas
e sua vida lhe basta
mas não lhe importa.

Corro pra te alcançar
Estou seguindo o vento norte
Tão dentro de mim  mesmo
Que de mim já esqueci.

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