5 de nov. de 2013

enevoado, sem estrelas

dualidade cortante
o contraste do céu no crepúsculo
o céu ligado com o inferno
coqueiros gigantes que caem
se parecem muito com madeira
mas são água flamejante.
indignações gritantes
reconforto fumacento
o fim do seu tormento
nesse carro, freio abs

quando não passamos de gritos
que estão mais pra sussurros
lamentamos as tenras pitangas
nunca ninguém soltou um grande zurro
mas se pede desculpa por ele.

das lapiseiras que não foram usadas
as provas não preenchidas
não importa pra grandes futuros imperialistas
nunca desistirão até possuírem
sua própria torre de babel
onde poderão gritar suas injúrias
não contra seu deus
mas contra os que lá embaixo perduram

abra bem a boca
solte a língua pra fora
espere pelo grão de açúcar
que o deus rei trará de algum lugar
vai alimentar sua mente pueril
em um sono reconfortante
do qual um dia acordará
enrugado.

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