12 de nov. de 2013

grande fuga da caverna de platão

cinzeiro cheio de sementes esperando pra nascer
bigornas negras caídas ao lado
grandes poetas revelam sozinhos
profundos e interessantes caminhos
um grande zebedeu machucado
cansado de tanto não entender
grita balbucias entrecortadas
tal qual velhos chapeleiros
viveu demasiadas vidas passadas
e agora reflete solenemente
em seu grande altar marrom

ouça os distantes mugidos
e o que você mesmo diz
desçam dos grandes pedestais
aceitem o heliocentrismo
refutem seu grande pastor
quebre alguma coisa só por quebrar
e não compre outra.
insista pro diabo devolver sua alma
não engula o que lhe faz mal
pare de rezar pro inexorável destino
e faça algo por você
nade contra essa grande correnteza,
e não se esqueça:
esperneie antes de se afogar.

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