27 de nov. de 2013

cercas elétricas

leio comprimo
leis ambulantes
ritmos estonteantes
nem me tinha antes
não me tem depois

Grandes paredes grudentas
Grandes placas de pare
Gigantes avisos de feliz natal
Grandes demônios em cima de seus altares
Sorrateiros se escondem
se agigantando.

De um joelho há muito mancas
remando num mar sem peixes
comendo carne de soja
arrotando reforma agrária
pactua-se com a estúpida mentira
sonhando com a verdade
e pra quem diga que tudo é dúbio
eu apresento a liberdade.

Cantigas saem de sua barriga
com um sorriso cheio de dentes
coisa que há muito não é permitida
Bota pra prisão, diz o ladrão
Manda pro manicômio, fala algum louco
Ensine a rezar
e culpe-o por alguma coisa;
decidem os carniceiros.
e seu gado que já ama sua cerca elétrica
geme de alegria.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito inspirador seu blog