13 de abr. de 2014

domingando

Tampas de garrafas claras
isqueiros de magnitudes amarelas
pó cinza coros e velas
romances de uma vida
escritos de 2 semanas
perdidos em 2 períodos

O sol quente de um dia frio
a garganta fechada num corpo saudável
O vento fluido espectral
não corre seus dedos pelos cabelos
a janela inquestionavelmente fechada
há muitos escapamentos por aqui

espesso como um tijolo
me interponho como uma rocha
como velhos barbudos com machados
que moram em casas de bambus
caçando porcos do mato
e colhendo sua própria erva

Exponho minhas matrizes energéticas
sôfrego intermito o cabisbaixo
seres que brotam do chão e da mente
seres risonhos sorrindo pro nada
procurando explicação, seja o que for
encontraram gargalhadas de vapor

flautas sussurrantes desmedidas
estonteantes notas magistrais
assopradas no fundo do mais vermelho
dos 7 círculos do inferno
no céu só tem espaço pra arpas
e conversas angelicais

sonhos que vieram da terra
ter o nascer e o por do sol
um galo companheiro,
dois lobos uivantes
pra cantarem o meu dia.


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